Saltar para o conteúdo

Edith Ranzini

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Edith Ranzini (São Paulo,[1] 1946) é uma engenheira brasileira formada pela USP, professora doutora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo[2] e professora sênior da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli).[3] Ela compôs a equipe responsável pela  criação do primeiro computador brasileiro, o Patinho Feio,[1] em 1972, e participou do grupo de instituidores  da Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia, sendo a única mulher do mesmo.[4][2] Atua nas áreas de inteligência artificial, engenharia de computação, redes neurais e sistemas gráficos.

Na sua época de prestar o vestibular, inscreveu-se para física na USP e para engenharia na Poli-USP,[3] sendo aprovada nesta última em 1965, ingressando como uma das 12 mulheres do total de 360 calouros.[5]

Em 1969, formou-se como engenheira de eletricidade,[2][3] permanecendo na universidade para fazer sua pós-graduação. Nessa época entrou para o Laboratório de Sistemas Digitais (LSD),atual Departamento de Engenharia de Computação e Sistemas Digitais, criado pelo professor Antônio Hélio Guerra Vieira.[3] Em 1970, deu início ao seu mestrado em Engenharia de Sistemas pela USP, concluindo o mesmo em 1975.[2] Nesse período, permaneceu no LSD e  fez parte do grupo responsável pelo desenvolvimento do primeiro computador brasileiro, o Patinho Feio (1971-1972) e do  G10 (1973-1975), primeiro computador brasileiro de médio porte,  feito para o Grupo de trabalho Especial (GTE), posteriormente Digibras.

No ano de 1971 começou a dar aula como professora voluntária e permanece lecionando desde então. Em 1972, integrou o grupo de instituidores e membros da Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia (FTDE), na qual participou em diversos cargos, a maioria dentro da diretoria, sendo, entre 2004 e 2006,  diretora presidente da mesma.Após o mestrado, fez doutorado em Engenharia Elétrica (1976-1981), também pela USP.[2]

Seu último projeto de pesquisa foi realizado entre 2006 e 2012, atuando como coordenadora para o Estudo de Viabilidade da Estrada de Rodagem do Estado de Minas Gerais.

Recebeu em 2004 o Prêmio de Melhor Trabalho na área de Ciências Exatas e da Terra, como orientadora no programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica do Conselho de Ensino e Pesquisa, CEPE/PUC-SP e o de professora mais querida do departamento PCS da Escola Politécnica da USP, na ocasião dos 120 anos da Poli, na qual foi retratada no Livro, em 2013.[6]

Referências

  1. a b Campos, Wanessa. «O Patinhho Feio». Mulheres do Cangaço. Consultado em 1 de maio de 2020 
  2. a b c d e Achutti, Camila (18 de junho de 2013). «Vozes femininas: Edith Ranzini». Mulheres na Computação. Consultado em 1 de maio de 2020 
  3. a b c d Cruz, Renato (13 de abril de 2020). «"É preciso foco para aprender"» (PDF). Revista.br. CGI.br. pp. 53–57. Consultado em 1 de maio de 2020 
  4. «Edith Ranzini» 
  5. «Todos #12» (em inglês) 
  6. «Portal Brasil Engenharia | FDTE comemora 40 anos de apoio à POLI e ao país»